23 de fevereiro de 1987, faz hoje 25 anos. há precisamente 25 anos atrás faltavam 2 dias para completar 2 meses de existência. o Zeca deixou-nos e os meus pais deixaram-me, pela primeira vez, para irem até Setúbal, ao seu funeral. ainda bem que o fizeram.
cresci com as suas músicas, as músicas do Zeca; nas viagens de carro, com aquelas pequenas cassetes que nos acompanharam durante várias horas. decorei-as todas, uma a uma, Grândola, Vila Morena à cabeça, gosto e gesto revolucionário acompanhado por uma voz, a minha, que nunca nasceu para cantar. o Zeca fez de nós livres; libertou-nos da única maneira que é possível, tornando-nos conscientes. e nós, eu, ganhámos consciência do que fomos, do que somos e do que podemos ser. o Zeca fez bem a Portugal e sem ele seríamos, certamente, menos do que aquilo que somos.
eu ganhei consciência com o Zeca e hoje sou mais livre.
viva Zeca, viva sempre.
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