terça-feira, 19 de junho de 2012

sobre a história

Albert Camus e Thomas Mann não foram decerto os únicos a compreender depressa, mal a guerra terminou, o que todos ansiamos esquecer: o bacilo fascista estará sempre presente no corpo da democracia de massas. Negar este facto ou dar outro nome ao bacilo não nos tornará mais resistentes a ele. Pelo contrário. Se queremos combatê-lo eficazmente, teremos de começar por admitir que está novamente prestes a contaminar a nossa sociedade, teremos de o chamar pelo seu nome: «fascismo». Além disso, o fascismo nunca é um desafio, é sempre um grave problema porque desemboca, inevitavelmente, no despotismo e na violência. E chamamos perigo a tudo o que provoque estas consequências. Negar a existência de um problema ou, pior ainda, de um perigo é praticar a política da avestruz. Quem não aprende com a história está condenado a vê-la repetir-se.

Rob Riemen, O eterno retorno do fascismo

Sem comentários: