sexta-feira, 13 de maio de 2011

sobre a Europa... sobre o futuro

a 4 de setembro de 1947, na Dinamarca, nasceu o Claus. o Claus, segundo consta, foi um bom aluno na área de economia e finanças e chegou, sem sombra de dúvida por reconhecido mérito, e indisputável autori(tarismo)dade, a ministro.
o Claus tem, por certo, memória familiar, um legado histórico que alguém se encarregou de lhe transmitir. conhece tão bem como os seus conterrâneos dinamarqueses e europeus, assim estou convicto, a distância que separava um europeu de outro; o longínquo e penoso caminho que separava um europeu de Portugal de um europeu da Dinamarca.
o Claus deve ter lido Remarque, assim espero, e se não leu saberá de outra maneira, seguramente, a desumanização a que a guerra obriga!
saberá, não posso crer em nada mais que não isto, que é mais difícil matar um Homem a quem já se viu a cor dos olhos ou a quem já se ouviu pronunciar o próprio nome do que aquele de quem nada se sabe.
o Claus quer fechar as fronteiras da Dinamarca, é essa a sua convicção(!); que o Claus não viveu na Europa nos últimos vinte anos é a minha! não pode ter vivido!
o Claus não assistiu à humanização da Europa; o Claus não sabe que de Portugal à Dinamarca se demora agora dez segundos, com imagem e tudo!
o Claus não sabe que para um europeu de Portugal nascido no dia de Natal de 1986, os europeus do resto da Europa têm nomes e já trocaram milhões de olhares entre si: é a Irene, a Jara, a Marta, a Helena, o Xavi, o Alfredo e o JuanMi; são a Amandine, a Mélanie e o JC; são a Cristina, o Nuno, o Giovanni, o Michele, e o Francesco; são muitos outros nomes e cores de olhos diversas.
o Claus não sabe que em 2012 serão mais de três milhões de europeus que saberão os nomes de outros europeus e que, tendo olhado nos seus olhos, serão incapazes de puxar qualquer gatilho ou incendiar qualquer rastilho!
o Claus não sabe que a Europa está humanizada e que bem à frente da Angela, do Nicolas, do Silvio e bem à frente de si próprio, estamos nós, europeus de toda a Europa, prontos para combater apenas por aquilo em que o Claus e a Angela e o Nicolas e o Silvio não acreditam:
uma Europa sem fronteiras, livre, unida e forte politicamente!
o que o Claus não sabe é que as fronteiras da Dinamarca voltarão a abrir e que ninguém se lembrará quem as fechou! para a história ficará Erasmus e aqueles que da sua sabedoria beneficiaram (em forma de livro ou em forma de programa europeu). e a história já se está a escrever e o Claus já ninguém sabe quem é!

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